quinta-feira, 11 de junho de 2015

"Superpatógenos" e blasfêmias na capital: entre piratas e corsários.

A bagunça é decorrente do descaso nos setores da política, da economia, das finanças púbiicas, da saúde, da educação e dos transportes pelo país, a começar pela capital da sacaneada República Federativa do Brasil.

Na rodoviária central de Brasília, os pregões anunciam os ônibus piratões (caindo aos pedaços e nas vagas dos ônibus regulares que não circulam há três dias, no bigode da polícia e da fiscalização do DF) em meio à greve geral daquele que é praticamente o único transporte público da capital (pois Brasília, como péssimo exemplo nacional, quase não tem metrô). A população afirma: "prefiro os piratas aos corsários"(concessionários que também cobram caro e circulam com um nível semelhante de conforto e de risco, dentro da normalidade do transporte de gado humano da capital, refletido em todo país).

Trata-se de uma situação extrema, pois normalmente é preciso ter coragem para ser pirata na terra dos corsários. As multas são aplicadas com rigor e as propinas são mais caras em Brasília. No entorno, o risco associado à violência do barril de pólvora do abandonado cinturão do DF e da insegurança pública, tornam inviáveis econômica e biologicamente tal empreendimento.

Nos hospitais do DF chamam a atenção as superbactérias, consequência natural de inúmeros descasos, dentre os quais com a higiene e com a contaminação. Com tanta roubalheira do implosivo governador sucedido, o corte atingiu covardemente a saúde de quem mais precisa na capital, e foram cortados itens mínimos de funcionamento, como seringas descartáveis, antissépticos e equipamentos de proteção e funcionamento hospitalar basilares. A natureza grita diante da maior estupidez e covardia humana, mas as vítimas são sempre aqueles que não causaram os males, a população pobre e dependente da saúde pública na riquíssima e desigual capital brasileira.

Nas nobre e caríssimas cortes, os agentes patogênicos mais perigosos e os cânceres do Brasil parecem muito religiosos e blasfemam de todas as formas, a começar por MIchel Temer, na ridícula comparação de Joaquim Levy com nosso Senhor Jesus Cristo. Até a citação Dílmica, falando ao "Estado de São Paulo", de Judas para o Joaquim (que não é o 18º rei de Judá) e Levy (que não tem sobrenome Fidelix e nem é filho de Jacó) é estapafúrdica, diante de tantas traições de seus partidos ao trabalhador brasileiro.

Blasfêmias, pecados imperdoáveis, mistificação e retirada de foco das questões principais, caráter dúbio e reacionário em questões inconvenientes. Reforma políltica inócua. Menoridade penal como símbolo da incompetência fruto do descaso com a questão da segurança pública e da criminalidade que nos esfaqueia. Professores vilipendiados e universidade paralisadas na escala loucamente invertida que desvaloriza aqueles que irão formar pessoas pensantes e agentes em todas as áreas do conhecimento e profissôes. Educação básica pro fundamente enganada em nossa história de analfabetismo funcional e incapacidade crítica resultante. Tudo para se manterem como governantes de uma população acéfala.

Depois de pedaladas e promessas vâs da presidente governanta (com uma virada para a mesma página de concessões furadas e obscuras, com recursos dos contribuintes, para as demandas sempre urgentes e não atendidas em quatorze anos de desgoverno) ao término viagens com os cofres públicos dos puritanos, blasfemando entre Paris e em comitiva na Terra Santa, com parada final de encontro russa dos BRICS, única com aparência de alguma importância geopolítica, caso seja feita com seriedade, apesar de se mostrar ainda, de tão mal gerida, incipiente, inconsistente e pedulária na prática.

Precisamos despertar e lutar, pois ainda parecemos anestesiados desde 2013, época em que constatamos a falta de representatividade, mas não a contestamos como era bem merecido. Urge a nossa reação, visto que seremos os primeiros e principais e certamente já sofremos as consequências que se aprofundam nessa historicamente repetitiva espiral negativa, que tonteia e se disfarça de agenda positiva.

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